Trabalho em outra cidade: descubra os direitos do colaborador!
Se você é um trabalhador que percorre longas distâncias para cumprir suas funções profissionais, provavelmente já se deparou com a seguinte dúvida: “trabalho em outra cidade, quais direitos eu tenho?”. Afinal, não é incomum que empresas solicitem que seus funcionários atuem dessa forma.
A necessidade pode surgir por diversos motivos, como a expansão da empresa, a participação em projetos específicos ou a necessidade de atender clientes em diferentes regiões. No entanto, essa mudança engloba uma série de responsabilidades por parte da organização e direitos que precisam ser garantidos aos colaboradores.
O entendimento sobre esses fatores é fundamental e você deve conhecê-los para poder ter tranquilidade se precisar trabalhar desse jeito. Leia este conteúdo até o final para entender tudo sobre o assunto.
Como funciona o trabalho em outra cidade?
O trabalho em outra cidade pode ocorrer de duas formas principais: de maneira temporária ou permanente. Ambas as situações exigem que a empresa tome providências específicas para garantir o bem-estar do trabalhador e o cumprimento das obrigações legais. Veja abaixo.
Trabalho temporário
Esse tipo de trabalho ocorre quando o colaborador é deslocado para outra cidade por um período determinado. Pode ser para participar de um projeto, substituir um colega em licença, abrir uma nova filial ou realizar treinamentos, entre outras atividades. Nesses casos, ele mantém seu vínculo com o local de origem, devendo retornar ao final do período estabelecido.
Trabalho permanente
Já o permanente consiste na transferência definitiva do profissional para outro município, onde ele passará a exercer suas funções de forma contínua. A mudança normalmente inclui um acordo entre a empresa e o indivíduo, e pode incluir a necessidade de realocação familiar, mudança de residência e outras adaptações significativas.
Em ambos os casos, a organização tem a responsabilidade de assegurar que todas as condições necessárias para o desempenho adequado das funções sejam atendidas, além de garantir que os direitos sejam respeitados durante todo o período de trabalho fora de sua localização de origem.
Quais são os direitos de quem trabalha em outra cidade?
Quando um funcionário é deslocado para trabalhar em outra cidade, ele tem à sua disposição uma série de direitos que visam garantir que a mudança não cause prejuízos financeiros, físicos ou emocionais. Isso traz consigo os benefícios e obrigações que listamos a seguir.
Transporte
Um dos principais direitos do profissional ao ser transferido é o de transporte. A empresa deve custear todas as despesas de deslocamento, tanto no momento da mudança quanto durante o período em que ele estiver trabalhando na nova cidade.
Devem estar inclusos nisso o pagamento de passagens aéreas, rodoviárias ou outro meio de transporte adequado, tanto para o colaborador quanto, em alguns casos, para sua família, se a mudança for permanente.
Além disso, durante o período de trabalho na outra localidade, a contratante deve arcar com os custos de transporte para que ele possa se deslocar entre sua hospedagem e o local de exercício da função.
Hospedagem
Se o colaborador for enviado para trabalhar em outra cidade de forma temporária, a empresa é responsável por fornecer hospedagem adequada durante todo o período. Essa estadia precisa garantir condições de conforto e segurança para que ele possa desempenhar suas funções de maneira eficiente.
Em situações de transferência permanente, a empresa deve, pelo menos, auxilia-lo na busca por uma nova residência, podendo oferecer uma ajuda de custo para a mudança ou cobrir as despesas de aluguel nos primeiros meses. Também é importante fornecer um tempo adequado para a organização da vida pessoal do profissional antes de iniciar suas atividades.
Jornada de trabalho
A jornada do funcionário transferido deve seguir as mesmas regras aplicadas em sua cidade de origem. Na prática, isso significa que ele tem direito a respeitar os limites de horas diárias e semanais de trabalho, além de receber horas extras caso ultrapasse o tempo estipulado.
A empresa deve estar atenta para que, mesmo com a mudança de cidade, o indivíduo não seja submetido a jornadas extenuantes ou a condições que possam comprometer sua saúde física e mental. Todos os intervalos para descanso e alimentação devem ser respeitados, bem como o período entre as jornadas de trabalho.
Normas internas
No momento em que o colaborador é transferido para outra cidade, ele deve estar ciente das normas internas da empresa e de como elas se aplicam em seu novo local de atuação. A organização tem a responsabilidade de fornecer todas as informações necessárias para que ele entenda suas novas atribuições, expectativas e as regras específicas da nova unidade ou filial.
Essas normas podem incluir políticas de segurança, código de vestimenta, regras de conduta, procedimentos operacionais, entre outras. É indispensável que a contratante promova um processo de integração para que a pessoa se adapte rapidamente ao novo ambiente de trabalho, garantindo que ele se sinta acolhido e preparado para as suas novas responsabilidades.
Despesas
Além do transporte e hospedagem, a empresa também deve arcar com outras despesas que surjam em decorrência do trabalho em outra cidade. É preciso incluir alimentação, transporte local, comunicações e outras necessidades diárias.
Em alguns casos, a instituição empregatícia pode optar pelo pagamento de diárias, que são valores fixos destinados a cobrir essas despesas, ou pelo reembolso das despesas mediante apresentação de comprovantes.
Independentemente do método escolhido, é importante que as regras sejam claras e que o indivíduo saiba exatamente quais despesas serão cobertas e como deve proceder para solicitar o reembolso.
Por que é importante que a empresa esteja atenta à legislação?
Em primeiro lugar, manter a conformidade com a legislação é um meio de garantir mais qualidade de vida ao profissional que está passando por uma grande mudança a fim de atender às necessidades da empresa. Dessa forma, é possível evitar baixa produtividade, insatisfação, absenteísmo e até o aumento da taxa de turnover — pedidos de demissão.
Porém, respeitar as regras e regulamentações também previne que a organização sofra com sanções trabalhistas, mantendo uma boa reputação diante da comunidade, do mercado e de outros profissionais.
É recomendável que contar com uma equipe de recursos humanos bem preparada ou buscar consultoria especializada para lidar com as nuances legais envolvidas na transferência de colaboradores. Isso inclui o entendimento das leis locais da nova cidade, acordos sindicais e a adaptação das políticas internas para garantir que tudo seja feito corretamente.
O trabalho em outra cidade, seja temporário ou permanente, traz consigo uma série de desafios, tanto para a empresa quanto para o profissional. Porém, a partir de uma boa gestão, é possível seguir com essa demanda sem lidar com grandes complicações. Basta planejar tudo e focar no bem-estar do indivíduo.
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